segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Detetive - Roubo de Medicamentos Cresce em São Paulo


MEDICAMENTOS SÃO ALVOS FREQUENTES DE ROUBO

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Roubo de Medicamentos

Segundo a Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), a região Sudeste concentra a maior parte das ocorrências, com quase 82% dos roubos. Entre os Estados, São Paulo lidera o ranking, com 52,4%. Os principais alvos dos criminosos na região são produtos alimentícios, cigarros, eletroeletrônicos e farmacêuticos.
A área de mais risco para furtos e roubos nas estradas paulistas está em um raio de 100 quilômetros da capital. “A dimensão da malha rodoviária de São Paulo, com 32 mil quilômetros de vias, é um dos fatores que facilitam a ação dos criminosos”, ressalta a professora de Pós-Graduação no ICTQ – Instituto de Pesquisas e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico e diretora conselheira Fiscal da Associação Nacional de Farmacêuticos Atuantes em Logística (Anfarlog), Elaine Manzano.
Ainda de acordo com a NTC&Logística, 70% dos ataques de criminosos se concentram em áreas urbanas, durante coleta e entrega de mercadorias. Os outros 30% são em rodovias. Apesar disso, para o assessor de segurança da instituição, coronel Paulo Roberto de Souza, o prejuízo, no segundo caso, é maior devido à quantidade e ao valor das mercadorias. Ele explica também a forma de ação das quadrilhas: “nas áreas urbanas, os criminosos agem em semáforos, postos de entrega e invadindo depósitos de carga, que estão se transformando em verdadeiras fortalezas. Nas rodovias, eles usam estratégias para paralisar os veículos, desde falsas barreiras policiais até abordagens em movimento e enfrentamento policial”, conta ele.
Elaine explica que o medicamento é muito visado por ter alto valor agregado. Além disso, os roubos são executados por encomenda, ou seja, há quadrilhas especializadas neste tipo de crime. “Existe muita dificuldade no combate a esse tipo de delito, pois ações coordenadas e cooperativas não são desenvolvidas pelos órgãos fiscalizadores. As ações só são feitas de forma isolada”, comenta Elaine.
Segundo o consultor GRIs em Trânsito e Transporte, coronel Marco Bellagamba, o roubo de cargas é produto de uma série de circunstâncias resultantes da deficiência da prevenção, da inibição de determinados crimes e até mesmo da falta de legislação adequada para fazer frente ao acontecimento dos fatos criminosos.
Dessa forma, ocorrem prejuízos em toda a cadeia de distribuição, desde o fabricante, distribuidor e varejista, pois o medicamento pode ser roubado no transporte ou mesmo dentro do estabelecimento. Vale lembrar que os centros logísticos são visados e se concentram nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e, atualmente, existe um crescimento na região Nordeste.

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